A Mata do Bussaco situa-se no Luso, centro de Portugal. Entre Coimbra, Viseu e Aveiro. Tanta é a sua beleza que no século XVI a Serra do Bussaco foi protegida por ordens do Papa e transformada em retiro monástico.
A região onde este paraíso terreno está inserido é também conhecida como “Bairrada”. Enquanto andarem por esta zona não irão faltar placas a avisar que se encontram na “Rota da Bairrada”. A especialidade mais conhecida é o leitão assado, mas os vinhos brancos, tintos ou espumantes, produzidos nesta zona também não ficam atrás.
Para vos ajudar a chegar à mata cliquem aqui.
Neste verdejante paraíso irão encontrar:
#1 Palace Hotel do Bussaco

Palace Hotel do Bussaco
Este palácio foi construído para os últimos reis de Portugal, no final do século XIX. Sabiam que podem ficar aqui alojados? Já está na nossa lista de coisas a experimentar numa próxima visita. Para reservar uma noite neste palácio, cliquem aqui.
#2 Convento de Santa Cruz

Convento de Santa Cruz, Mata do Bussaco (Portugal)
As terras do Buçaco foram doadas aos Carmelitas Descalços, em 1628. Os monges construíram aí o Convento de Santa Cruz e, para delimitar os seus terrenos, construíram um muro com mais de 5km. Para além disso, construíram ermidas inseridas na mata para se dedicarem à oração.
#3 Seis percursos pedestres

Mata do Bussaco (Portugal)

Mata do Bussaco (Portugal)
Optámos por fazer o trilho da Via Sacra que é composto por 20 capelas. Este percurso foi construído com o intuito de representar os Passos da Paixão de Cristo, à semelhança da Via Crucis de Jerusalém. Infelizmente, a passagem do tempo não perdoa e muitas das capelas encontram-se já muito debilitadas. Esta rota termina junto ao miradouro da Cruz Alta.
Ao percorrer este trilho irão encontrar uma casinha abandonada. Se entrarem podem ter uma agradável surpresa e gozar de uma vista privilegiada para o Palace Hotel do Bussaco e todo o verde que o rodeia. Na minha modesta opinião, a vista deste ponto abandonado, que facilmente poderia passar despercebido, é ainda mais bonita do que a visão que se tem ao chegar ao derradeiro miradouro da Cruz Alta.

Mata do Bussaco (Portugal)
Na mesma zona desta casinha, se explorarem mais um bocadinho poderão também descobrir esta cruz.

Mata do Bussaco (Portugal)
Para voltar para trás optámos por não fazer, simplesmente, o percurso inverso. Planeávamos fazer um bocado do trilho que a senhora do posto de informações nos tinha recomendado. Seguindo sempre junto ao muro, do lado de dentro da mata, quando demos por nós estávamos perdidos e na direcção oposta à que pretendíamos.
Culpámos o mapa, dissemos que ele nos estava a induzir em erro e que era o culpado de termos vindo ali parar. O mais provável é que a culpa seja da nossa nabice interpretativa de mapas. Porém, se acabarem perdidos fora dos trilhos mais conhecidos, não se preocupem, a mata não é assim tão grande em extensão. Eventualmente, se continuarem simplesmente a andar vão encontrar o caminho de volta para um trilho conhecido ou algum elemento que reconheçam. Já José Saramago dizia, e com toda a razão. “A Mata do Bussaco não se descreve, o melhor é perder-nos nela”.
#4 Fonte Fria

Fonte Fria, Mata do Bussaco (Portugal)
É aqui que as duas linhas de água predominantes na Mata se unem.
#5 Museu militar
O Buçaco destacou-se como um lugar decisivo durante a 3ª invasão francesa. Em 1810, ocorreu a batalha do Buçaco que opunha as trocas anglo-lusas, lideradas pelo general Wellington, às tropas francesas de Massena. O general Welligton conseguiu aproveitar as características defensivas do terreno e travar o avanço das forças napoleónicas para Lisboa.
“O Museu procura dar uma perspetiva do que foram as Invasões Francesas e do papel fundamental que a Batalha do Buçaco teve no bloqueio das forças napoleónicas.”

Mata do Bussaco (Portugal)
Informação útil para quem quer visitar a mata
- Quando chegarem perto do convento procurem o posto de informação. Aproveitem para pedir um mapa. Assim, poderão ver os trilhos marcados e os pontos mais importantes assinalados, tornando-se mais fácil organizar o vosso passeio pela mata.
- Se escolherem deixar o carro antes dos portões da mata (foi o que nós fizemos) não têm de pagar qualquer custo para entrar. No entanto, se preferirem levar o carro e deixá-lo por lá (existem muitos estacionamentos) terão de pagar 5€.
Podem ver o vídeo promocional aqui .
Comida

Sandes de leitão à bairrada
Decidimos que não poderíamos ir embora desta zona sem antes provar o afamado “leitão à bairrada”.
Quando nos despedimos da Mata do Bussaco estávamos com fome, muita fome. Fizemo-nos à estrada, rumo a Viseu com o intuito de encontrar um restaurante que anunciasse o tal leitão à bairrada. Passado uma meia hora a conduzir, já estávamos a entrar em desespero por não encontrarmos assim tantos restaurantes no caminho. Entretanto, passámos por uma terra de nome Malaposta. E, rapidamente reparei num restaurante, de nome “A Regional” que parecia ter o que procurávamos. Tinha. E a sandes de leitão que pedimos estava óptima.
Se são fãs de cerveja artesanal não podem sair desta região sem provar a “Toira” que nasceu na Bairrada.
Onde dormir?
Gostavas de ter a experiência única de dormir num pálacio? Então, só tens de escolher entre o Palace Hotel do Bussaco e o Curia Palace
O Palace Hotel do Bussaco está inserido em plena Mata do Bussaco. Em época baixa é possível reservar um quarto duplo com pequeno almoço incluído por apenas 100€/noite.
O Curia Palace encontra-se a apenas 15 km da Mata do Bussaco. Em época baixa consegue-se reservar um quarto duplo com pequeno almoço incluído pagando somente 85€/noite
Ficar alojado na cidade de Coimbra, que dista apenas 30km da Mata do Bussaco também é um óptima opção. Para uma estadia de luxo o hotel Small Luxury Hotels of the World- Hotel Quinta das Lágrimas ou o Solar Antigo Luxury Coimbra são óptimas sugestões. Clica aqui para escolher o hotel em Coimbra que melhor se encaixa com o teu orçamento e estilo de viagem.
Emilia Ramalheira
Há uma regra que deveria ser transmitida a qualquer visitante, no Buçaco nunca ninguém se perde: Qualquer caminho a subir vai dar à Cruz Alta em ultima instância e a descer todos vão dar ao Luso. Mesmo que não entendam os mapas….hakuna matata. Voltem sempre.
Lara Oliveira
Muito obrigada pela sua dica Emília. Certamente que a teremos em conta na próxima visita à mata.
Patricia Oliveira
Não encontraram realmente restaurantes ou foi uma forma de dizer que até haviam muitos?
Lara Oliveira
Boa tarde Patrícia. Por incrível que pareça, tivemos mesmo alguma dificuldade em encontrar restaurantes que fossem visíveis a partir da estrada. Até chegámos a parar o carro numa das vilas que ficava no caminho entre o Luso e Viseu e a perguntar a um dos habitantes se, no sentido em que nos estávamos a dirigir, iríamos encontrar um restaurante que fosse visível a partir da estrada e tivesse o tal famoso “leitão à Bairrada”. O senhor informou-nos que no sentido em que nos estávamos a dirigir não iríamos encontrar muitos e que o melhor seria ir em direcção à Mealhada mas, como para nós, isso significaria voltar para trás acabámos por não o fazer. Felizmente encontrámos esse restaurante “A Regional” pelo caminho. Tem algum restaurante favorito que nos recomende na nossa próxima visita? Adoraríamos sugestões.